sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

DIVISÃO CELULAR. Um breve resumo.

Galera, vamos falar um pouco sobe divisão celular, principalmente o pessoal de primeiro ano e primeiro ano EJA, ao final deste texto há disponível uma apresentação que usarei em minhas aulas, baixem e estudem juntamente com o livro de biologia. Um abraço e nos vemos na sala.


DIVISÃO CELULAR


A divisão celular é um processo pelo qual as célula (unidades básicas da vida) se multiplicam, originando duas ou mais células filhas semelhantes à célula materna ou progenitora. A capacidade de divisão celular é variada em relação ao tipo de célula e a sua função.

Todos os organismos uni ou pluricelular têm a capacidade de se reproduzirem para a manutenção da espécie, logo tudo isso tem um começo, que é a divisão celular que é a perpetuação da vida.

Nos seres eucariontes a divisão celular divide-se em duas etapas distintas:

- mitose que é o processo universal de divisão.

- citocinese que é divisão do citoplasma em células filhas.

- interfase que é um período de intensa atividade e síntese de crescimento.

v Função da Divisão Celular

A divisão celular tem como função (através da sua capacidade metabólica) a manutenção da vida. Através desta divisão as células-filhas terão pelo menos metade ou mesma quantidade de material genético da mãe onde há uma hereditariedade através da reprodução ou divisão celular normal ou tem como função e com fidelidade passar o programa genético de uma geração celular para a geração.

Tem como função também a reconstituirão celular, crescimento e desenvolvimento dum pluricelular, por exemplo, através dum zigoto unicelular. A divisão pode ter diferentes velocidades nos diferentes tecidos celulares com diferentes funções.

v Tipos de Divisão Celular

Na natureza encontramos dois tipos de divisão celular: MITOSE e MEIOSE.

v MITOSE

Na mitose uma célula mãe dividi-se dando origem a células filhas que terão a mesma quantidade de cromossomos da célula mãe, replicadas em dois possuindo um numero diplóide (2n) que são células somáticas.

OBS: não devemos esquecer que as células 2n são chamadas de diplóides ou somáticas, encontradas me todo o nosso corpo, como exemplo pele, fígado, cérebro, etc (menos os gametas)

As células n são chamadas de haplóides ou germinativas, sendo apenas os gametas (espermatozóide e óvulo) e apresentam metade do material genético de 2n.

Utilizam ambas a citocinese que é a separação parcial em dois do citoplasma da célula-mãe e que está sempre acompanhada com a divisão celular. Na célula animal esta divisão origina duas células filhas separadas ou individualizadas entre si.

v FASES DA MITOSE: PRÓFASE, METÁFASE, ANÁFASE E TELÓFASE.


· Prófase é a fase inicial da mitose. Nela, ocorrem os eventos preparatórios fundamentais à correta separação dos cromossomos em 2 lotes equivalentes. Nesta fase os centríolos, que já se duplicaram, afastando-se em sentidos opostos gradativamente, até chegarem aos pólos da célula. Em torno deles, aparecem fibras que constituem o áster. Entre os centríolos que se afastam aparecem às fibras do fuso mitótico (estas aparecem à medida que o centríolo se afasta). No núcleo observamos que o nucléolo fica cada vez menos visível até desaparecer.

Os cromossomos começam a se enrolar sobre si mesmos. Cada cromátide se enrola independentemente de sua irmã, embora estejam ainda úmidas pela região do centrômero. Com essa progressiva condensação, os cromossomos vão se tornando mais curtos e grossos e, naturalmente, mais visíveis.

O núcleo também aumentará de volume, assim a membrana nuclear que antes só tinha se afastado acaba se fragmentando e desaparecendo. Com isso os cromossomos se espalharão pelo citoplasma.

· Metáfase (de meta="meio") é a fase em que os cromossomos se dispõem na região mediana da célula. Como a carioteca já desapareceu, a região central da célula é ocupada pelo conjunto de fibras que constituí o fuso aciomático (a= não; ciomático= "colorido") ou mitótico. Essas fibras são, na realidade, microtúbulos protéicos, dispostos entre 2 centríolos, sem, no entanto, tocá-los. O nome desta estrutura derivada da sua forma, em fuso (alargado no centro e afilado nas pontas), e do fato de não se corar pelos métodos usuais de coloração.

Os cromossomos, que estão no grau máximo de condensação, localizam-se entre as fibras do fuso. Nesta fase, algumas dessas fibras estão úmidas ao centrômero de cada cromossomo. Na verdade, cada cromossomo encontra-se ligado as fibras que se dirigem a ambos pólos celulares.

Ao fim da metáfase temos, em resumo, a seguinte situação: cada cromossomo da célula está localizado na região equatorial, e cada uma de suas cromátides está ligada a fibras que se estendem a um dos pólos da célula. O centrômero de cada cromossomo volta a ser constituído por uma única cromátide e cada um terá um centrômero. Cromossomos que se originam de cromátides irmãs são denominados cromossomos irmãos, sendo idênticos entre si.

Com o encurtamento das fibras ligadas aos centrômeros, os cromossomos irmãos irão se separar. Terá então chegado o fim da metáfase e o início da fase seguinte, a anáfase (de ana=separação).

Obs: A metáfase é a fase de menor duração e a de melhor observação dos cromossomos (já que eles estão em seu grau máximo de condensação), permitindo seu estudo em relação a tamanho, número e forma (cariótipo).

· Anáfase: Os cromossomos - irmãos são arrastados para pólos opostos da célula pelo encurtamento dos filamentos do fuso. A igualdade das cromátides irmãs e a posição que ocupavam na metáfase (centro do fuso) garantem uma distribuição idêntica de material genético para os dois pólos e, conseqüentemente, para as duas células que vão se formar.

Ao atingirem os pólos celulares, nas proximidades dos centríolos, os 2 conjuntos cromossômicos terminam sua migração. Está terminada a anáfase a se iniciará a fase final da divisão, telófase (de telos="final").


· Telófase: irão ocorrer processos praticamente inversos aos que ocorreram na prófase:

ü Os cromossomos que durante a migração anafásica estiveram condensados iniciam a sua condensação, voltando a forma de longos e finos filamentos.

ü O nucléolo torna a aparecer sendo organizado novamente pelo cromossomo organizador de nucléolo.

ü Aparecem duas novas cariotecas (feitas pelo retículo endoplasmático) envolvendo os cromossomos, uma ao redor de cada núcleo filho.

Está assim completada a divisão nuclear, dois núcleos filhos, contendo lotes cromossômicos e gênicos idênticos entre si (e idênticos aos da célula original), foram formados.

O processo de divisão nuclear é denominado cariocinese (cario="núcleo" e cinese="movimento").

A próxima etapa será a ocorrência da citocinese, isto é, a divisão do citoplasma, que terminará por formar duas novas células independentes.


v MEIOSE

O termo meiose deriva da palavra grega meíosis, que significa diminuição, e é uma alusão ao fato de, nesse tipo de divisão celular, o número de cromossomos ser reduzido à metade nas células-filhas. A redução do número cromossômico ocorre porque nesse processo há uma única duplicação cromossômica seguida de duas divisões nucleares consecutivas: a meiose I e meiose II. Na meiose formam-se quatro células-filhas, cada uma com a metade do número de cromossomos originalmente presente na célula-mãe.

FASES DA MEIOSE


Tanto a meiose I como a meiose II são divididas em quatro fases, nas quais ocorrem eventos semelhantes aos da mitose: por isso, as fases das meiose I e II recebem os mesmos nomes. A meiose I é dividida em prófase I, metáfase I, anáfase I e telófase I. A meiose II é dividida em prófase II, metáfase II, anáfase II e telófase II.

Em linhas gerais, nas prófases I e II ocorre condensação dos cromossomos; nas metáfases I e II eles se ligam aos microtúbulos do fuso e se dispõem na região e equatorial da célula; nas anáfases I e II os cromossomos migram para pólos opostos da célula; nas telófases I e II eles se descondensam e formam núcleos-filhos nos pólos da célula em divisão.


Prófase I

A prófase I é a fase mais longa e complexa e, por isso, os pesquisadores dividem essa fase em cinco subfases: leptóteno, zigóteno, paquíteno, diplóteno e diacinese.

· Leptóteno: visualização dos cromômeros

Na fase de leptóteno (do grego leptos, fino, delgado) tem início a condensação dos cromossomos. Eles se tornam visíveis ao microscópio óptico, como fios longos e finos, pontilhados de grânulos, denominados cromômeros, em que o grau de condensação é maior.

Apesar de já completamente duplicado e, portanto, constituído por duas cromátides-irmãs, cada cromossomo aparece ao microscópio como um fio simples. A razão disso é que, além de ainda estarem muito finas devido à pouca condensação, as cromátides-irmãs estão intimamente unidas por meio de coesinas.

· Zigóteno: emparelhamento cromossômico

A fase de zigóteno (do grego zygon, ligação, emparelhamento) recebe esse nome porque nela ocorre a sinapse cromossômica (do grego synapis, unir). Os cromossomos homólogos colocam-se lado a lado, emparelhando-se ao longo de todo seu comprimento, como se fossem as duas partes de um zíper sendo fechado.

Apesar de ainda não se compreender inteiramente o mecanismo de emparelhamento dos cromossomos homólogos, sabe-se que ele envolve a formação do complexo sinaptonêmico, uma elaborada estrutura constituída por diversas proteínas. Essas proteínas formam um longo eixo central e duas barras laterais às quais se associam os cromossomos homólogos, emparelhando-se.

· Paquíteno: formação dos bivalentes

Na fase de paquíteno (do grego pachys, espesso, grosso), os cromossomos estão mais condensados e completamente emparelhados. Cada par de cromossomos homólogos forma um conjunto denominado bivalente, ou tétrade. O termo bivalente (do prefixo latino bis, dois) refere-se ao fato de haver dois cromossomos homólogos emparelhados; o termo tétrade (do grego tetra, quatro) refere-se ao fato de haver quatro cromátides no conjunto, pois cada cromossomo está duplicado (embora isso ainda seja dificilmente observável ao microscópio).

Na fase de paquíteno (ou no final da fase de zigóteno) ocorrem quebras nas cromátides de cromossomos homólogos emparelhados, logo seguida por soldaduras de reparação. Entretanto, a soldadura dos fragmentos cromossômicos muitas vezes ocorre em posição trocada: uma cromátide se solda ao fragmento de sua homóloga e vice-versa. Esse fenômeno leva à troca de pedaços entre cromossomos homólogos e é chamado de permutação ou crossing-over.

A permutação é um evento é um evento com importante significado biológico: a troca de fragmentos entre as cromátides homólogas aumenta as misturas genéticas, levando a uma maior variedade de gametas formados por um indivíduo.

· Diplóteno: visualização dos quiasmas

A fase de diplóteno (de grego diploos, duplo) recebe esse nome porque os cromossomos homólogos, agora começando a se separar, aparecem nitidamente constituídos por duas cromátides. Lembre-se que os nomes das fases da meiose foram criados quando ainda não se sabia que os cromossomos se duplicam na interfase. A separação dos cromossomos homólogos ocorre porque o complexo sinaptonêmico que os mantinha unidos desaparece nessa fase da prófase I.

Com a separação dos cromossomos homólogos, pode-se perceber que suas cromátides se cruzam em determinados pontos, originando figuras chamadas de quiasmas (do grego chiasma, cruzado, em forma de X). Os quiasmas são a evidência observável da permutação. No ponto em que a permutação ocorreu, as cromátides permutadas ficam cruzadas, dando origem a quiasma. As cromátides-irmãs continuam presas entre si por meio de coesinas.

Hoje sabe-se que a ocorrência de pelo menos um quiasma por bivalente é essencial para manter os cromossomos homólogos unidos até o início da anáfase I, o que garante que eles migrem corretamente para pólos opostos. Mesmo cromossomos sexuais, que praticamente não apresentam homologia entre si, têm permutas que os mantêm unidos até a anáfase I.

· Diacineseterminalização dos quiasmas

A fase de diacinese (do grego dia, através, e cinesis, movimento) recebe esse nome porque os cromossomos homólogos continuam em seu movimento de separação, iniciado no diplóteno. Eles permanecem unidos apenas pelos quiasmas que parecem deslizar para as extremidades dos bivalentes, fenômeno conhecido como terminalização dos quiasmas. Na diacinese, devido a condensação, os cromossomos deixam de sintetizar RNA e os nucléolos desaparecem. Ao final da prófase I, a cariomembrana se desintegra e os pares de homólogos, ainda associados pelos quiasmas, espalham-se no citoplasma.

Metáfase I

Na metáfase I os pares de cromossomos homólogos prendem-se ao fuso acromático formado durante a prófase, dispondo-se na região equatorial da célula. Entretanto, há uma diferença fundamental entre a metáfase da meiose I e a metáfase da mitose. Na metáfase da meiose, cada cromossomo, com suas duas cromátides, prende-se a microtúbulos provenientes de um dos pólos; o homólogo prende-se a microtúbulos do pólo oposto. Na metáfase da mitose, cada cromossomo prende-se a microtúbulos de ambos os pólos, de modo que as cromátides-irmãs ficam unidas a pólos opostos.

Tanto a metáfase da meiose I como na metáfase da mitose, os cromossomos de um par de homólogos começam a ser puxados pelo encurtamento dos microtúbulos. Entretanto, eles não se separam imediatamente, uma vez que os pedaços trocados na permutação ainda continuam unidos pelas coesinas. O equilíbrio entre as tensões de microtúbulos de pólos opostos é estabelecido quando os pares de cromossomos unidos pelos quiasmas ficam a meio caminho entre os pólos.

Anáfase I

Na anáfase I, cada cromossomo de um par de homólogos, constituídos por duas cromátides unidas pelo centrômero, é puxado para um dos pólos da célula. Nessa fase as coesinas são degradas e os quiasmas desaparecem.

Telófase I

Na telófase I os cromossomos estão separados em dois lotes, um em cada pólo da célula. O fuso acromático se desfaz, os cromossomos se descondensam, as membranas nucleares se reorganizam e os nucléolos reaparecem. Surgem, assim, dois novos núcleos, cada um deles com a metade d número de cromossomos presente no núcleo original. Cada cromossomo, entretanto, ainda está constituído por duas cromátides unidas pelo centrômero.

Citocinese

Geralmente, logo após a primeira divisão meiótica se completar, ocorre a citocinese I, resultando na separação de duas células-filhas. Estas logo iniciam a meiose II. Durante um breve período entre a meiose I e a meiose II. Os centrossomos se duplicam nas duas células-filhas recém-formadas.

v MEIOSE II

A segunda divisão da meiose é muito semelhante à mitose. As duas células resultantes da meiose I entram simultaneamente em prófase II. Os cromossomos, já constituídos por duas cromátides, começam a se condensar, tornando-se progressivamente mais curtos e grossos; os nucléolos vão desaparecendo. Ao fim da prófase II, a carioteca fragmenta-se e os cromossomos espalham-se pelo citoplasma.

Na metáfase II os cromossomos associam-se ao fuso acromático formado durante a prófase II, alinham-se no plano equatorial da célula. Os microtúbulos do fuso puxam as cromátides-irmãs para pólos opostos, marcando o início da anáfase II. Quando os cromossomos-irmãos chegam aos pólos da célula, termina a anáfase e tem início a telófase II. Nessa fase os cromossomos se descondensam, os nucléolos reaparecem e as cariotecas se reorganizam, completando, assim, a segunda divisão meiótica. Em seguida, o citoplasma se divide (citocinese II) e surgem duas células-filhas para cada célula que passou pela segunda divisão meiótica.

CICLO DE VIDA DE UMA CÉLULA

A fase seguinte a mitose ou meiose vem a citocinese depois a interfase e assim sucessivamente vai descrevendo um ciclo cíclico como quase tudo na vida assim este ciclo recebe o nome de celular.

Descrevendo as fases do ciclo vamos ter:

1- Interfase que é a fase que não á divisão celular, das células filhas e o retículo e as mitocôndrias desenvolvem-se e o citoplasma retoma a sua atividade normal. Esta interfase é de intensa atividade metabólica de síntese e crescimento da célula que produz materiais necessários a sua vida para frente. Esta fase ocupa cerca de 90% de tempo do ciclo celular.

2 - Mitoses são as fases de divisão celular descritas acima, envolve a separação dos cromatídeos e a distribuição de cromossomas da mãe para as filhas, consome-se muita energia nesta fase.

3 - Citocinese que é o processo de distribuição e divisão do citoplasma e do núcleo da célula-mãe pelas células-filhas individualizadas e uma parede se for vegetal.

Resumindo este ciclo podemos dividir a interfase em três fases: G1, S, G2.

· G1 é logo a seguir á citocinese e o metabolismo celular são elevados, formando-se organitos celulares como proteínas, ribossomos, e síntese de ARN e a célula aumenta de volume

· S vai dar a replicação do DNA e no fim desta fase todas as cromossomas é constituído por dois cromatídeos com o seu respectivo centríolo.

· G2 com as mesmas características metabólicas, é o inverso da G1 e que prepara a célula para a divisão celular.

A divisão celular a fase mitótica é caracterizado por uma fase M.

M é a mitose e/ou meiose caracterizada pela divisão nuclear onde ocorrem quatro fases: prófase, metáfase, anáfase, telófase.

A citocinese é caracterizada pela divisão da célula materna em dois e compreende a fase C.

Comparação entre os processos de divisão celular

Mitose

Meiose

- Resulta em duas células geneticamente iguais

- Resulta em quatro células geneticamente diferentes

- Não há redução do número de cromossomos

- Há redução do número de cromossomos

- Não há permuta gênica entre cromossomos homólogos

- Normalmente ocorre permuta gênica entre os cromossomos homólogos

- Ocorre em células somáticas

- Ocorre em células germinativas

- A duplicação do DNA antecede apenas uma divisão celular

- A duplicação do DNA antecede duas divisões celulares

- Uma célula produzida por mitose, em geral, pode sofrer nova mitose

- Uma célula produzida por meiose não pode sofrer meiose

- É importante na reprodução assexuada de organismos unicelulares e na regeneração das células somáticas dos multicelulares

- É um processo demorado (podendo, em certos casos, levar anos para se completar)

- Não há redução do número de cromossomos

- Há redução do número de cromossomos

É fundamental saber comparar a mitose e a meiose. Algumas doenças resultam de alterações nesses tipos básicos de divisão celular.

A síndrome de Down, por exemplo, é provocada por erros na divisão celular que podem ocorrer durante a formação dos gametas ou na divisão do zigoto, mas devemos lembrar que os indivíduos portadores desta síndrome não são tão diferentes de nós, não tem um problema contagioso e muitas vezes tem talentos incríveis, como é o caso da bailarina clássica Aline, que venceu bareiras e mostrou a todos que a limitação está no pensar das pessoas e só se rende quem quer, assistam a uma entrevista com ela abaixo.

A mitose ocorre em todas as células somáticas do corpo e, por meio dela, uma célula se divide em duas, geneticamente idênticas à célula inicial. Assim, é importante na regeneração dos tecidos e no crescimento dos organismos multicelulares. Nos unicelulares, permite a reprodução assexuada. Já a meiose só ocorre em células germinativas, com duas divisões sucessivas. A célula-mãe se divide em duas, que se dividem de novo, originando quatro células filhas com metade dos cromossomos da célula inicial: são os gametas, geneticamente diferentes entre si.

Dessa forma, a meiose tem papel fundamental na reprodução sexuada. E não se esqueça: durante a meiose normalmente há troca de genes entre cromossomos homólogos, o que aumenta a variabilidade gênica da espécie. Vale ainda lembrar que a mitose e a meiose apresentam quatro fases características: prófase, metáfase, anáfase e telófase, com formação de fuso protéico e condensação dos cromossomos. Nos dois casos, a duplicação do DNA antecede as divisões celulares.


Se você é meu aluno, não esqueça de baixar a aula que usaremos para trabalhar este conteúdo em sala juntamente com o livro didático.

AGORA É A SUA VEZ: Gostaria de saber como você vê a divisão celular no desenvolvimento do seu corpo? Também se você conhece alguem com síndrome de Down, você acha que essa pessoa pode ou não ser util a sociedade? Dê sua opinião por comentários para abrirmos uma boa discussão a respeito.
Um abraço!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A ENZIMA CATALASE, vamos comprovar sua ação?

A catalase é uma enzima (tipo de proteína que acelera reações) produzida pelos animais,vegetais e bactérias, também pode ser chamada de hidroperoxidase. é intracelular, está ligada ao processo de decomposição do peróxido de hidrogênio (H2O2 = água oxigenada).

A atividade metabólica da célula produz, entre outras substãncias, o peróxido de hidrogênio que é altamente tóxico para o organismo, daí a grande importância desta enzima que o degrada em água e gás oxigênio seguindo a seguinte reação:

2 H2O2 → 2 H2O + O2, ou seja, para cada duas moléculas de água oxigenada expostas a enzima catalase temos a quebra destas com posterior formação de duas moléculas de água e uma de gás oxigênio, substâncias inócuas ao organismo.

É produzida no retículo endoplasmático dos seres vivos e sua importância também reside no fato de seu mau funcionamento ou falta estar ligada a doenças como o Vitiligo, onde a baixa atividade da catalase e acúmulo de Peróxido Hidrogenado na pele dos pacientes resulta no acúmulo de radicais livres tóxicos que danificam os melanócitos (células responsáveis pela melanina, pigmento de cor escura), uma vez danificados, os melanócitos não sintetizam mais a melanina, causando as manchas características do vitiligo. Assista a esta matéria sobre novas descobertas nas causas do vitiligo.

AGORA É A SUA VEZ: que tal fazer um experimento com seus amigos ou com seus alunos sobre a presença de catalase? È muito simples:

Você vai precisar de:

  • § 4 tubos de ensaio ou copos descartáveis transparentes;
  • § 1 vidro de água oxigenada (dessas de farmácia para passar em ferimentos);
  • § Pedaços de alface ou chicória, pedacinhos de carne, pedacinhos de batata crua, pedacinhos de batata cozida;
  • § Caneta marca cd e um suporte para os tubos ou os copos.




Como fazer?

1) Com a caneta marca cd, numere os tubos de ensaio ou copos;

2) Nos tubos de ensaio ou copos, coloque os diferentes materiais, um tipo em cada;

3) Adicione a água oxigenada até cobrir cada amostra;

4) Observe e anote os resultados em cada amostra.

Responda:

1- Houve reação em todas as amostras?

2- Você esperava que no vegetal reagisse? Por quê?

3- Se em alguma amostra não houve reação, qual explicação você daria pra isso?


Outra proposta: Por quê costumamos adicionar água oxigenada em ferimentos?

Aguardo seus comentários com os resultados que você colheu. Um abraço.

OBS: O experimento sugerido acima pode ser visualizado no vídeo produzido por nós, faça o teste com seus amigos ou alunos com todo o cuidado. Um abraço e aguardo os seus comentários.

Se você estiver interessado em baixar este vídeo para o seu celular para mostrar aos amigos para a repetição, o mesmo está disponível para donwload em uma versão 3GP, própria para a mioria dos celulares e mp4. Um abraço e boa diversão! Clique abaixo e baixe e adicione a seu aparelho.


OS CNIDÁRIOS - Algumas informações.


Com certeza você já deve ter ouvido falar ou já presenciou alguém sofrendo uma queimadura causada por água-viva em alguma praia. A água-viva e demais cnidários são animais muito interessantes que habitam nossas águas e tem características muito peculiares, vamos verificar algumas delas:

O filo Cnidaria (do grego knidos, irritante, e do latim aria, sufixo plural), que são os animais aquáticos conhecidos popularmente como celenterados ou cnidários, de que fazem parte as hidras de água doce, medusas, alforrecas ou águas-vivas, que são normalmente oceânicas, os corais, anémonas-do-mar e as caravelas.

O filo era também chamado Coelenterata (das palavas gregas "coela", o mesmo que "cela" ou "espaço vazio" e "enteros", "intestino"), que originalmente incluía os pentes-do-mar, atualmente considerado um filo separado, composto por animais também gelatinosos como as medusas, mas com características próprias.

Neste filo se enquadram os animais mais inferiores dentre os que já possuem tecidos bem definidos com alguma organização de sistemas. Eles possuem um esboço de sistema nervoso difuso (uma rede de células nervosas pelo corpo) e gônodas, isto é, órgãos produtores de gametas. Também possuem células epitélio-musculares de cuja contração resultam os movimentos rápidos do corpo.

O filo Cnidário (cnidários) está representado pelas hidras, medusas ou água-vivas, corais e anêmonas-do-mar.


Os cnidários são os primeiros animais a apresentarem uma cavidade digestiva no corpo, fato que gerou o nome celenterado, destacando a importância evolutiva dessa estrutura, que foi mantida nos demais animais. A presença de uma cavidade digestiva permitiu aos animais ingerirem porções maiores de alimento, pois nela o alimento pode ser digerido e reduzido a pedaços menores, antes de ser absorvido pelas células.

Eles são os primeiros animais na escala evolutiva a apresentarem tecidos verdadeiros, embora ainda não cheguem a formar órgãos.

No filo cnidária existem basicamente dois tipos morfológicos de indivíduos: as medusas, que são natantes e os pólipos, que são sésseis. Eles podem formar colônias, como é o caso dos corais (colônias sésseis) e das caravelas (colônias flutuantes).

Anatomia

Possuem distribuição nervosa confusa no corpo do animal, o que o torna compativel com a simetria radial.

Ao redor da abertura os celenterados ostentam um anel de tentáculos com células urticantes, os cnidócitos, capazes de ejecular um minúsculo espinho, o nematocisto que pode conter uma toxina ou material mucoso. Estes "aparelhos" servem não só para se defenderem dos predadores,mas também para imobilizarem uma presa, como um pequeno rato, para se alimentarem - os cnidários são tipicamente carnívoros. Algumas células da gastroderme da cavidade central o celêntero segregam gosmas digestivas, enquanto que outras absorvem a matéria digerida. Na mesogleia, encontram-se dispersas células nervosas e outras com função muscular que promovem o fluxo de água para dentro e fora da cavidade central.

Os cnidários apresentam polimorfismo, ou seja, possuem duas formas corporais possíveis: o pólipo e a medusa.

Os pólipos têm corpo cilíndrico, fixo a um substrato. A boca é situada na região superior, rodeada de tentáculos, com grande concentração de cnidócitos. Já as medusas são livre e natantes, sua boca se situa no centro da face inferior do corpo, que também é rodeada de tentáculos urticantes de efeito paralisante em pequenos animais, funcionando como forma de predar ou como maneira de se defender.

Ciclo de Vida

Os cnidários reproduzem-se sexuada e assexuadamente. A reprodução sexuada dá-se na fase de medusa, com exceção dos antozoários (os corais e as anêmonas-do-mar), das hidras e algumas outras espécies que não desenvolvem nunca, a fase de medusa: os machos e fêmeas libertam os produtos sexuais na água e ali se conjugam, dando origem aos zigotos.

Dos ovos saem larvas pelágicas chamadas plânulas, em forma de pêra e completamente ciliadas que, quando encontram um substrato apropriado, se fixam e se transformam em pólipos. Em alguns celenterados, como os corais, a fase de pólipo é a fase definitiva.

Os pólipos reproduzem-se assexuadamente formando pequenas réplicas de si mesmos por evaginação da sua parede, chamadas gomos. No caso dos corais, estes novos pólipos constroem o seu "esqueleto" e continuam fixos, contribuindo para o crescimento da colônia.

No entanto, em certos casos, os gomos dividem-se em discos sobrepostos, num processo conhecido por estrobilação, sendo esta também uma forma de reprodução assexuada. Estes discos libertam-se, dando origem a pequenas medusas chamadas éfiras que eventualmente crescem e se podem reproduzir sexuadamente.

Organização Corporal

Os celenterados podem apresentar-se sob duas formas: pólipos ou medusas.

Pólipos. Têm o corpo cilíndrico e vivem geralmente fixos, por exemplo, numa rocha. Na sua extremidade livre, apresentam tentáculos em volta da boca.




Medusas. Têm o corpo em forma que lembra um guarda-chuva. Seus tentáculos se distribuem ao longo da margem do corpo, no centro do qual fica a boca. Nadam livremente, embora geralmente de maneira limitada, ou são carregadas pelas correntes de água.

Abaixo você pode assistir a um pequeno vídeo sobre medusas gigantes, muito comuns no japão.

O corpo dos celenterados possui uma única abertura - a boca. Essa abertura fica em contato com uma cavidade denominada cavidade digestória.

A parede do corpo é revestida externamente pela epiderme. Algumas células epidérmicas apresentam-se modificadas: são os cnidócitos. Observe o esquema:


Cada cnidócito possui uma cápsula - o nematocisto - que abriga em seu interior um tubo filamentoso enovelado, portador de um líquido urticante. O nematocisto contém ainda um cílio sensorial que atua como um "gatilho": ao ser tocado, o nematocisto "dispara" o filamento urticante e injeta o veneno no corpo de presas ou de predadores, por exemplo, podendo causar-lhes sérios ferimentos e até mesmo a morte. Para tanto, é necessária a ação conjunta de muitos cnidócitos. Assim, os cnidócitos servem para a captura de alimentos ou para a defesa do animal.

Quando uma presa é capturada, ela é levada até a boca do animal e chega até a cavidade digestória. Nessa cavidade, o alimento é parcialmente digerido e depois absorvido por determinadas células, no interior das quais a digestão se completa. Por isso se diz que a digestão nos celenterados é extracelular (na cavidade digestória) e também intracelular (no interior de células). Os resíduos não aproveitados são eliminados através da boca.

No vídeo abaixo você pode perceber a captura de um rotifera por uma hidra, usando seus tentáculos cheios de cnidoblastos.

Principais classes

Hidrozoários

- Hidras: São hidrozoários com o corpo em forma de pólipo. Vivem em água doce, preferencialmente em águas frias e limpas, presas por uma extremidades a uma rocha ou a vegetação aquática.

Têm cor verde, parda ou cinza. Algumas hidras podem se locomover dando "cambalhotas".




- Caravelas: São colônias formadas principalmente por vários pólipos transparentes que como um todo, ficam flutuando sobre a água dos oceanos. Na colônia, grupos diferentes de pólipos desempenham funções diferentes. Uns promovem a digestão dos alimentos, alguns a reprodução, outros a proteção de toda a colônia, por exemplo.

Caravela, organismo colonial. Vivem em alto-mar e possui longos tentáculos de até 20 metros ou mais. As substâncias urticantes que fabrica podem causar sérias queimaduras em seres humanos.

Cifozoários

- Águas Vivas: Têm o corpo em forma de medusa. Seu tamanho varia muito de uma espécie para a outra. Algumas podem ter alguns milímetros de diâmetro, enquanto outras têm mais de dois metros de diâmetro. Certas águas-vivas do gênero Cyanea, que vivem no oceano Ártico, possuem tentáculos de até 30 metros de comprimento.




Antozoários

- Actínias ou anêmonas-do-mar: Têm o corpo em forma de pólipos. Possuem cores e tamanhos variados, medindo desde alguns milímetros até um metro ou mais de diâmetro. São encontradas fixas a um suporte: uma rocha, um pedaço de madeira ou carapaças de outros animais.


Curiosidades

O peixe-palhaço ou anfitrião passa todo o tempo perto das anêmonas-do-mar. Ele se esconde do perigo e dorme no meio dos tentáculos venenosos da anêmona. Às vezes, chega mesmo a roubar alimento da boca de sua protetora, embora também traga comida para um lugar onde ela alcance. Este pequeno peixe, ao contrário de outros, está a salvo dos ferrões da anêmona.

O motivo pelo qual o peixe-palhaço não sofre os efeitos das células urticantes da anêmona ainda não é bem conhecido. Alguns cientistas acreditam que o muco que recobre o peixe protege-o contra o veneno. Entretanto, somente os peixes-palhaços sadios estão protegidos. Os doentes são mortos pela anêmona.

O peixe-palhaço ou anfitrião é encontrado nos oceanos Atlântico e Pacífico. É pequeno, ágil e de colorido brilhante. A fêmea põe seus ovos na base de uma anêmona-do-mar.

Corais

Os corais organizam-se me colônias de pequenos pólipos que fabricam um exoesqueleto ou esqueleto externo calcário. Assim como acontece com as caravelas, nas colônias de corais verifica-se a divisão de trabalho entre os seus integrantes, com alguns grupos capturando alimentos, outros promovendo a reprodução, e assim por diante.

Os corais apresentam as mais variadas cores, como vermelho, branco, rosa, laranja ou amarelo. Por isso são bastante utilizados na decoração de aquários e até na fabricação de jóias. Vivem, em geral, em águas com temperaturas médias anuais entre 20 e 25ºC e a profundidade de aproximadamente 35 metros. Entretanto, já foram encontrados alguns corais vivendo em grandes profundidades.

Quando morrem, seus esqueletos permanecem intactos e servem de suporte para outros pólipos da colônia, formando, assim, os recifes de corais. Em muitos casos, esses recifes oferecem perigo as embarcações, constituindo verdadeiras armadilhas submarinas.

Veja este vídeo muito bacana com informações muito importantes.


Reprodução

A reprodução dos celenterados pode ser assexuada ou sexuada. Em muitas espécies ocorre alternância de fases sexuada e assexuada.

Assexuada. A reprodução assexuada ocorre geralmente por brotamento. Nesse caso, formam-se brotos em determinadas regiões do corpo do animal; cada broto se desenvolve e origina um novo indivíduo. Esse novo animal, pode se manter unido ao indivíduo que o originou, formando colônias, ou se destacar e apresentar vida independente.

Hidra apresentando um broto, que se destacará do organismo adulto, cairá no substrato e formará um novo indivíduo. No vídeo que está abaixo pode-se verificar com muita facilidade o processo de brotamento que dará origem a novas hidras.

Sexuada. Nesse caso, os gametas masculinos (espermatozóides) são liberados na água e nadam em busca de gametas femininos (óvulos). Dependendo da espécie, o óvulo também pode ser liberado na água ou permanecer aderido na superfície do corpo do animal em que foi produzido. Após a fecundação do óvulo, o zigoto formado se desenvolve formando um embrião. Em algumas espécies, o embrião origina diretamente um novo organismo semelhante aos pais. Em outras, o embrião origina uma larva móvel, ela nada e acaba se fixando em algum lugar, onde se transforma num novo indivíduo semelhante aos pais.

Alternância de fases assexuada e sexuada

Em muitas espécies de celenterados, a reprodução envolve a alternância de uma fase assexuada com outra sexuada. Destacaremos, para exemplificar, o que ocorre entre águas-vivas.

Na reprodução da água-viva, a fase sexuada acontece na forma de medusa, a fase mais desenvolvida do ciclo; a assexuada ocorre na forma de pólipo, que é reduzida.

Depois que os espermatozóides fecundam o óvulo, forma-se o zigoto, que se desenvolve e origina um embrião. Do desenvolvimento do embrião, forma-se uma larva que dará origem a um pequeno pólipo.

O pólipo cresce e reproduz-se assexuadamente; nesse processo seu corpo forma vários fragmentos que se destacam dele. Cada fragmento pode originar uma medusa jovem, que se desenvolve originando um indivíduo adulto.

Reprodução sexuada da hidra. Observe que o embrião se desenvolve inicialmente no corpo feminino; depois de algum tempo ele se destaca da mãe e origina uma nova hidra.


Esta postagem é uma adaptação do trabalho “Cnidários, seres que queimam”, gentilmente cedido pelos alunos da turma de terceiro ano da tarde da escola Dr. Agostinho Monteiro, sua versão original está disponível para download, assim como uma apresentação em power point para melhorar seu estudo, basta clicar abaixo.

OS CNIDÁRIOS APOSTILA

CNIDARIOS POWER POINT

AGORA É SUA VEZ: você já viu ou ouviu falar de alguém que foi vítima de uma água-viva? Comentes sobre isso. Assista também ao documentário "Recifes precisosos", está dividido em partes e vale a pena ver, trás ótimas informações e curiosidades que darão a você maior aprofundamento deste assunto tão interessante. Aguardo seu comentário.